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Fábio Baptista
Agustin Huneeus é uma lenda da vinicultura chilena: nos anos 60, trabalhou para a Concha y Toro. Em seguida, fugindo da opressão do golpe militar chileno, coordenou projetos no Vale do Napa. Na década de 90, de volta à sua pátria, foi um dos nomes responsáveis pela “construção” do renome do Vale de Casablanca, através de sua vinícola, Veramonte.
A linha Reserva é uma das mais básicas da casa, o que não a impediu de angariar a simpatia da crítica norte-americana. Este Cabernet Sauvignon 2008, por exemplo, recebeu 89 pontos da International Wine Cellar. Levemente salpicado de Merlot (4%) e Cabernet Franc (2%), o vinho provém do vinhedo de Marchigue, oeste do Vale do Colchagua. São oito meses de estágio em carvalho francês e americano. Teor de álcool a 13,5%.
Bela coloração rubi, bem intensa e brilhante. No nariz é muito agradável: frutas vermelhas em compota (cerejas, framboesas) com sutil influência de madeira. Há também notas de especiarias e um certo couro. Em boca mostra de novo muita fruta suculenta, que se transforma num final médio meio amadeirado/esfumaçado. Taninos marcantes, álcool bem integrado.
Muito equilibrado e bem feito, mostra qualidade comparável à de vinhos de patamar superior. Os prêmios e elogios são mais do que merecidos. Por R$27,90 é provavelmente o melhor custo/benefício do Chile que já pude provar. Um Vinhão!
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